Além do impasse com a comunidade internacional relacionado aos riscos do Programa Nuclear do Irã, foram divulgados dados preocupantes na mídia sobre a poluição do ar em Teerã, capital da República Islâmica do Irã. Escolas, universidades, agências do governo foram reabertas na última segunda, após o fechamento ordenado pelo governo iraniano, como medida de mitigação aos altos níveis de exposição.
Segundo matéria divulgada no New York Times, agências locais notificam que se trata de uma mistura de agentes, incluindo material particulado, chumbo, óxidos de enxofre, benzeno e outros.
Em relatório de qualidade do ar publicado pela Organização Mundial de Saúde, três cidades do Irã estão entre as 10 cidades mais poluídas do mundo. Os problemas de saúde pública são alarmantes, e segundo as agências de saúde locais, aproximadamente 4.460 pessoas morreram no país nos últimos meses, além de haver sido registrado notável aumento na incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e dos casos de câncer relacionados à poluição do ar.
Os problemas de saúde pública são resultado conjunto de falhas nas políticas de segurança da saúde, incluindo no caso do Irã, a qualidade dos combustíveis, falta de controle nas emissões industriais, entre outros.
A Organização Mundial de Saúde publica periodicamente o Relatório de Qualidade do Ar, com dados de amostragens e informações sobre limites críticos e dos riscos em determinados níveis de exposição, cabendo a cada país o monitoramento da qualidade ambiental.
Obviamente, a questão não é apenas seguir com a vigilância dos níveis de poluentes, mas intervir com políticas de controle de emissões, de incentivo às fontes energéticas limpas/sustentáveis e de desenvolvimento tecnológico para redução de consumo e emissões.