Enormes depósitos de metais valiosos dispostos em nódulos nos fundos oceânicos ao sul do Havaí e oeste do México foram encontrados por empresa britânica que promoverá uma expedição científica ainda este ano no verão europeu para avaliação do impacto ambiental potencial de operações mineração na área.
Os alvos para a mineração submarina incluem além dos nódulos (com conteúdo metálico de 28%), as fontes hidrotermais, chaminés formadas por águas extremamente quentes e ricas em minerais. Há, entretanto uma evidente preocupação por parte de especialistas, conservacionistas e a população de que operações extensas para aspiração destes nódulos possam provocar impactos permanentes aos ecossistemas oceânicos.
Desde a Convenção das Nações Unidas sobre leis marinhas (UN”s Convention on the Law of the Sea), em dezembro de 1982, a licença para mineração em fundos oceânicos é fornecida pelo órgão ainda pouco conhecido, International Seabed Authority, que desde 2011 forneceu já 11 licenças. A obtenção destas licenças, válidas por 15 anos, custa 500.000 dólares e foram adquiridas por organizações governamentais, empresas estatais e privadas de países como China, Índia, Rússia, Japão e Coréia do Sul.
Muitos pesquisadores e conservacionistas marinhos alertam que esta corrida aos recursos marinhos profundos traria conseqüências ainda não previsíveis e que esta forma de mineração pode se mostrar catastrófica para a ecologia dos fundos oceânicos. Um dos riscos esperados é que as operações mineradoras gerem enormes plumas de sedimento que vagariam pelo mar sufocando as formas de vida marinha que se alimentam pela filtração das águas.
REFERÊNCIAS, NOTAS OU LINKS
UN”s Convention on the Law of the Sea
http://www.un.org/Depts/los/convention_agreements/convention_overview_convention.htm
International Seabed Authority
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